Para o melhor atendimento do usuário e visando a ruptura de violência em pessoas em situação de vulnerabilidade social, o Hospital Regional Público de Castanhal (HRPC) promoveu na manhã de hoje,19, uma palestra sobre “Fluxo de Atendimento a suspeita de abuso sexual”, com a participação da defensora pública e coordenadora do núcleo de atendimento especializado da criança e do adolescente (Naeca) e de Herlly Eleres, coordenador de vigilância em saúde.
A ação visa instruir os profissionais de saúde, que lidam diariamente com vários casos sociais, como agir em situação de suspeita de violência e de outras situações de vulnerabilidade social. A defensora Alba Aline explicou sobre a importância do corpo hospitalar ser capacitado para observar e denunciar violência. “Os profissionais de saúde que estão na linha de frente recebendo as vítimas de violência sexual ou demais crimes de violência precisam saber como ajudar e como orientar essas pessoas em situação de vulnerabilidade social. A notificação evita que a violência perpetue, e possibilita que, através da atuação da rede de proteção de garantia, aconteça a redução dos efeitos dessa violência”.

Durante a palestra, os profissionais da vigilância em saúde explicaram como realizar essa notificação e a necessidade da coleta dessas informações para a implementação de políticas sociais. “Precisamos enxergar a importância da notificação como instrumento de transformação de amparo social, que vai além de processo burocrático, é um modo de enxergar e de pensar como o Estado pode agir no enfrentamento da violência”, comentou Raiza Magnago, assistente social da vigilância epidemiológica.
“Através do treinamento, a equipe consegue ter um olhar mais aguçado a fim de proteger e amparar pacientes em situação de violência e vulnerabilidade, e dessa forma, garantir direito e cuidado no andamento do processo”, explicou a coordenadora do serviço de psicologia, Cleyce Costa.
O HRPC desenvolve constantes práticas de capacitação dos profissionais para o melhor cuidado e desenvolvimento do atendimento humanizado. O hospital é do Governo do Pará e atende pacientes pelo Sistema Único de Saúde. É administrado pela Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) por meio da Associação de Saúde, Esporte, Lazer e Cultura (Aselc).
Por Débora Barbosa
Ascom HRPC